O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta quinta-feira (27) que retirou sua indicação para representante nas Nações Unidas porque os republicanos precisam manter sua pequena maioria na Câmara.
A congressista republicana Elise Stefanik é uma aliada próxima de Trump e foi escolhida pelo presidente para o cargo na ONU menos de uma semana depois de sua eleição em novembro.
“É essencial que mantenhamos TODAS as cadeiras republicanas no Congresso”, disse Trump em uma publicação nas redes sociais. “Com uma maioria muito apertada, não quero arriscar que mais ninguém concorra à cadeira de Elise.”
Os republicanos atualmente têm uma maioria de 218 a 213 na Câmara dos Representantes, onde há quatro cadeiras vazias.
O presidente do Comitê de Relações Exteriores do Senado, James Risch, disse aos repórteres nesta quinta-feira: “Fui notificado pela Casa Branca. Ela foi retirada.”
Um porta-voz de Stefanik não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.
“Há outros que podem fazer um bom trabalho nas Nações Unidas”, escreveu Trump.
Trump disse em fevereiro que a ONU tem “grande potencial e… continuaremos a acompanhá-la, mas eles precisam se recompor”. A ONU reagiu na época, dizendo que o secretário-geral António Guterres havia trabalhado incansavelmente para implementar reformas.
Desde que voltou ao cargo em 20 de janeiro, Trump interrompeu o envolvimento dos EUA com o Conselho de Direitos Humanos da ONU, estendeu a suspensão do financiamento para a agência de ajuda palestina UNRWA e ordenou uma revisão da agência cultural da ONU, a UNESCO. Ele também anunciou os planos dos EUA de abandonar o acordo climático de Paris e a Organização Mundial da Saúde.
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