
Além do espaço para produção de mudas e educação ambiental, atração terá café, trilhas, mirante, jardim sensorial, jardim de mel, área para piquenique, parquinho e anfiteatro. Um novo cartão postal, com potencial de ser o principal de Araucária, deve começar a sair do papel no início do ano que vem: o novo Horto Florestal Municipal do Guajuvira. A área, que desde 2005 pertence ao Departamento de Infraestrutura Ambiental da Secretaria Municipal do Meio Ambiente, será totalmente revitalizada, e vai contar com sede administrativa, café, recepção ao turista, espaços para educação ambiental, área técnica para produção de mudas e circuito turístico ao ar livre, com direito a trilhas, mirante, jardim sensorial, playground, jardim de mel, minhocário, anfiteatro e espaço para piqueniques.
A obra, orçada em aproximadamente R$ 8 milhões, será integralmente custeada com os recursos provenientes da Petrobras no processo de indenização e compensação ambiental do vazamento de óleo ocorrido nas dependências da Repar, em 2000. O acordo está em fase final de homologação e liberação de recursos pela Justiça Federal.
Criado em setembro de 1979 para produzir mudas para o desenvolvimento paisagístico urbano e rural de Araucária, então vinculado à Secretaria Municipal de Agricultura, o Horto Municipal do Guajuvira passou a ser administrado pela SMMA a partir da sanção da Lei Municipal 1.547/2005.
O espaço produz cerca de 60 mil mudas por ano, principalmente das espécies da Floresta Ombrófila Mista, que são destinadas a programas de reflorestamento de propriedades rurais, no incentivo ao plantio de mudas de espécies nativas da região, recomposição de matas ciliares, recuperação ou andamento de reservas legais, programas de arborização urbana e ações de educação ambiental.
Mas as construções são antigas, sem um espaço adequado para o correto funcionamento do Horto, o que levou a Secretaria Municipal do Meio Ambiente, com o apoio da Secretaria Municipal de Planejamento, a idealizar uma nova estrutura, capaz de promover a preservação ambiental e ao mesmo tempo se tornar um novo espaço de lazer para a população, aproveitando o potencial turístico dos Caminhos do Guajuvira.
Tragédias ressignificadas
A arquitetura do Novo Horto vai remeter à olaria destruída pelo incêndio provocado pelo descarrilamento do trem no Guajuvira em 1988, da qual sobrou apenas a chaminé. Os janelões do prédio principal vão permitir a contemplação da vegetação nativa da região, destacando-se a araucária e a guajuvira, árvores-símbolo do município e do distrito, respectivamente.
HORTO
No setor administrativo haverá um memorial, com imagens antigas que vão ajudar a contar a história do Guajuvira, a criação do distrito, o tropeirismo e até o descarrilamento do trem e o vazamento de óleo na Repar. “Ou seja, duas das maiores tragédias já registradas em Araucária – o vazamento de óleo da Repar no ano 2000 e o descarrilamento do trem em 1988 – vão dar origem à melhor atração turística da nossa cidade. É o Guajuvira ressurgindo das cinzas”, compara a administração municipal.
O projeto de revitalização foi aprovado depois de passar por um criterioso processo de avaliação, que envolveu os Ministérios Públicos Federal e Estadual, Sedest e Ibama, que tinha como principal pré-requisito ser totalmente voltado para a preservação ambiental. O processo licitatório deve ser iniciado ainda este ano, para que a obra possa ser iniciada em 2026.
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