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Projeto de restauração custou 700 milhões de euros, o equivalente a R$ 4,5 bilhões, e envolveu 2 mil pessoas especializadas nas mais diferentes técnicas de construção e preservação. A partir da noite deste domingo (8), as portas voltam a abrir ao público. Catedral de Notre-Dame é reaberta, em Paris
Depois de cinco anos de obras minuciosas de restauração, a Catedral de Notre-Dame foi reaberta neste sábado (7) em Paris.
É um novo amanhecer para um Patrimônio da Humanidade. Desde cedo, parisienses e turistas buscavam o melhor ângulo, para garantir uma imagem da Catedral de Notre-Dame reformada. Por enquanto, de longe.
A igreja foi toda cercada. As autoridades francesas montaram um esquema de segurança e de organização, equivalente a uma posse de chefe de Estado.
O João mudou as férias para Paris quando soube que a Notre-Dame seria reinaugurada neste sábado.
Brasileiro que viajou a Paris para reabertura da Catedral de Notre-Dame.
Reprodução/TV Globo
“É um símbolo, não só arquitetônico, mas histórico. Traz um sentimento especial de uma reinauguração, de um símbolo tão importante. Uma renovação, uma esperança, acho que para o mundo todo”, justifica.
Esperança também de união para os franceses, em plena crise política. O Gabriel acredita que esse é um evento que liga todos os franceses e que a força da França atualmente é unir-se em torno de grandes projetos.
Esse grande projeto de restauração custou 700 milhões de euros, o equivalente a R$ 4,5 bilhões. Envolveu uma constelação de talentos: arquitetos, engenheiros, carpinteiros, artesãos, vidraceiros – 2 mil pessoas ao todo, especializadas nas mais diferentes técnicas de construção e preservação. Um esforço monumental, que começou no dia seguinte ao incêndio que devastou a catedral, cinco anos atrás.
No dia 15 de abril de 2019, o mundo parou para assistir a Notre-Dame ardendo em chamas. O fogo começou pelo telhado e rapidamente se espalhou. A famosa flecha despencando foi a imagem símbolo da tragédia.
Centenas de bombeiros trabalharam por horas para impedir que a igreja fosse reduzida a cinzas. A investigação descartou que tenha sido um incêndio criminoso, mas nunca apontou uma causa definitiva.
As autoridades cogitaram um concurso de ideias para a nova catedral, mas logo decidiram reproduzir fielmente todos os detalhes da construção medieval, de estilo gótico.
O novo telhado seguiu os desenhos originais, mas foi reforçado. Os trabalhadores levaram mais de mil horas para restaurar a cruz da capela e remontaram, um a um, os 8 mil tubos do órgão da Notre-Dame. As paredes foram polidas e os vitrais, cuidadosamente limpos.
Catedral de Notre-Dame após minuciosa restauração.
Reprodução/TV Globo
O interior da catedral, sem séculos de poeira, está iluminado e reluzente. A partir de amanhã à noite, as portas voltam a abrir ao público.
Hoje, a cerimônia de reinauguração foi fechada para líderes mundiais e autoridades religiosas, o presidente da Ucrânia, Volodimyr Zelensky, e o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, estavam entre os convidados.
Mais cedo eles participaram de uma reunião com o presidente francês, Emmanuel Macron, no Palácio do Eliseu. Zelensky disse que a conversa foi boa e produtiva.
O presidente da Ucrânia, Volodimyr Zelensky, o presidente francês, Emmanuel Macron, e o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, em reunião após a reabertura da Catedral de Notre-Dame.
Reprodução/TV Globo
No início da noite, os sinos, que marcaram momentos históricos da França, voltaram a soar. A batida na porta foi a senha para o coral da Notre-Dame se apresentar.
Bombeiros que ajudaram a salvar a catedral receberam uma longa salva de palmas.Emmanuel Macron elogiou a bravura dos que se arriscaram para manter a Notre-Dame de pé e expressou a gratidão de todos os franceses.
“Nós redescobrimos o que as grandes nações podem fazer, realizar o impossível. Essa catedral é uma feliz metáfora do que é uma nação e do que deveria ser o mundo”, disse o presidente francês.
Homenagem aos bombeiros que tentaram salvar a Catedral de Notre-Dame.
Reprodução/TV Globo
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