Ataque do Avaí tem pior início de Campeonato Catarinense desde 2011

Um gol. Foi apenas isso que o ataque do Avaí conseguiu entregar após as quatro primeiras rodadas do Campeonato Catarinense. A derrota para o maior rival no clássico, com o Figueirense tendo um jogador a menos durante os 90 minutos, evidenciou um problema que não vem de hoje: a produção ofensiva é baixa.

Ataque do Avaí vive seca de gols no Estadual

Ataque do Avaí vive seca de gols no Estadual – Foto: Fabiano Rateke/Avaí F.C/ND

Mesmo com as 23 finalizações no clássico, 15 delas dentro da área, segundo dados do Sofascore, o torcedor do Leão deixou o estádio da Ressacada irritado com a atuação do time e com a sensação de que “se o jogo durasse mais duas horas, o resultado seria o mesmo”, segundo ouvido pela reportagem do ND Mais no Sul da Ilha.

O Avaí não começava um Campeonato Catarinense com tão poucos gols marcados há 14 anos. Em 2011 a equipe na época treinada por Vágner Benazzi marcou apenas um gol nas quatro primeiras rodadas do Estadual. Além disso, naquela ocasião, a equipe também perdeu essas quatro partidas para Chapecoense (1-2), Brusque (0-3), Criciúma (0-2) e Imbituba (0-1).

Na atual edição, a equipe de Enderson Moreira somou mais pontos, cinco nas quatro primeiras rodadas, mas igualou o “recorde negativo” de gols. Pouco para um elenco visto como “favorito” antes do início da temporada e com uma tabela, ao menos na teoria, mais acessível nestas primeiras rodadas.

Veja os últimos inícios de Catarinense do Avaí:

  • 2025: 1 gol em 4 jogos
  • 2024: 10 gols em 4 jogos
  • 2023: 5 gols em 4 jogos
  • 2022: 2 gols em 4 jogos
  • 2021: 4 gols em 4 jogos
  • 2020: 5 gols em 4 jogos
  • 2019: 8 gols em 4 jogos
  • 2018: 6 gols em 4 jogos
  • 2017: 8 gols em 4 jogos
  • 2016: 6 gols em 4 jogos
  • 2015: 2 gols em 4 jogos
  • 2014: 7 gols em 4 jogos
  • 2013: 5 gols em 4 jogos
  • 2012: 6 gols em 4 jogos
  • 2011: 1 gol em 4 jogos

Pouco repertório ofensivo

Ainda que em início de temporada seja impossível uma equipe estar “na ponta dos cascos” pela pré-temporada curta, a falta de “repertório” seja o ponto que mais vem incomodando o torcedor.

Contra o Figueirense, a equipe forçou a maioria das suas jogadas pelo lado direito do campo, mas viu Marcos Vinícius, em má fase, e depois Gaspar e Garcez com dificuldades contra Samuel.

Marcos Vinícius não vive bom início de 2025 - Fabiano Rateke/Avaí F.C/ND

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Marcos Vinícius não vive bom início de 2025 – Fabiano Rateke/Avaí F.C/ND

Mapa de calor dos ataques do Avaí mostra concentração maior de jogadas pelo lado direito - Sofascore/Reprodução/ND

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Mapa de calor dos ataques do Avaí mostra concentração maior de jogadas pelo lado direito – Sofascore/Reprodução/ND

A linha de cinco do Figueirense, mais os três jogadores de meio com Marlyson auxiliando, “encaixotaram” o meio-campo azurra, fazendo com que o Avaí só conseguisse jogar por fora do bloco de marcação.

‘Seca’ recorrente?

A seca de gols não é um problema de hoje no Avaí. Em 2024, a equipe teve um dos piores ataques da Série B do Campeonato Brasileiro com apenas 34 gols marcados em 38 partidas, média de menos de um por jogo.

Enderson Moreira estreou no segundo turno e, com ele, o Leão teve média de um gol por partida, um pouco melhor que os 0,93 do antecessor Gilmar Dal Pozzo.

  • Eduardo Barroca – 2 jogos, 0 gols marcados
  • Marquinhos – 1 jogo, 0 gols marcados
  • Gilmar Dal Pozzo – 16 jogos, 15 gols marcados
  • Enderson Moreira – 19 jogos, 19 gols marcados

O modelo de jogo utilizado por Enderson em 2025 é semelhante ao do ano passado. Além disso, novas peças como Eduardo Brock, Barreto, Alef Manga, Cléber e Burbano foram adicionadas ao elenco.

Na opinião de Enderson Moreira após o clássico, a produção ofensiva da equipe foi satisfatória, só faltando o gol.

Torcida do Avaí lotou a Ressacada no clássico – Foto: Fabiano Rateke/Avaí F.C/ND

“Tem coisa que é do futebol, é difícil explicar algumas coisas sem explicação. Se a gente não trabalhasse essas situações, mas a gente trabalha bastante. Às vezes é a decisão do jogador. É para cruzar e ele chuta, são tomadas de decisões que eles precisam estar mais tranquilos para poder tomar. Claro que quando você começa a criar uma pressão maior isso fica muito mais difícil”, disse o treinador.

Próximo compromisso

O Avaí volta a campo na quarta-feira (29), quando enfrenta a Chapecoense no estádio Josué Annoni, em Xanxerê, a partir das 20h30.

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