Pesquisa CNN: Trump chega à Casa Branca com aprovação maior do que em 2017

Donald Trump continua registrando as avaliações mais positivas da sua carreira política, de acordo com uma nova pesquisa da CNN conduzida pelo SSRS, que revela que o presidente eleito dos Estados Unidos deve iniciar seu segundo mandato com um índice de aprovação maior do que em 2017.

O público também considera amplamente provável que ele cumpra algumas das promessas políticas, econômicas e de imigração que fundamentaram a campanha. Além disso, o público acredita que Trump cumprirá as promessas de usar o seu poder executivo para atingir rivais e perdoar pessoas condenadas pelo ataque de 6 de janeiro de 2021 ao Capitólio dos EUA.

À medida que a transição de poder em Washington DC se aproxima do fim, Trump continua sendo aprovado pela maioria (55%) pela forma como conduziu o processo. A maioria dos americanos (56%) espera que ele faça um bom trabalho no seu segundo mandato, conclui a pesquisa.

Antes do primeiro mandato de Trump, o público estava menos positivo. Apenas 40% dos americanos aprovaram a forma como lidou com a transição presidencial em 2017, enquanto 48% esperavam que ele fizesse um bom trabalho como presidente. Mas as avaliações mais positivas de Trump agora ainda estão atrás de outros presidentes recentes quando assumiram o cargo.

As opiniões sobre Trump estão divididas entre favoráveis ​​(46%) e desfavoráveis ​​(48%) – os seus melhores números desde o pós-eleições presidenciais de 2016, quando 47% o viam de forma favorável e 50% desfavoravelmente. A história sugere, no entanto, que este período de lua-de-mel irá passar, já que os presidentes anteriores tiveram uma queda no sentimento positivo ao longo dos seus mandatos.

Trump assumirá o cargo com os republicanos no controle da Câmara e do Senado dos EUA pela primeira vez desde 2019. O público parece menos otimista sobre o efeito do controle total do Partido Republicano do que sobre Trump como presidente: 53% dizem que o controle republicano do Senado, Câmara e Presidência serão ruins para o país.

Uma pequena maioria espera uma melhoria no estado do país e na economia após a posse da nova administração. No geral, 56% dizem acreditar que as condições econômicas nos Estados Unidos serão boas ou muito boas daqui a um ano, e 52% dizem que o país, em geral, estará em uma situação melhor daqui a quatro anos.

Essas opiniões divergem por partido: 31% entre os Democratas esperam que as condições econômicas estejam boas ou muito boas,  em comparação com 85% dos Republicanos. A maioria dos independentes (54%) acredita que as condições econômicas serão boas daqui a um ano.

Ainda na economia, uma esmagadora maioria dos americanos (80%) acredita que é provável que Trump implemente tarifas sobre produtos vindos do México, Canadá e China. E metade (incluindo quase 9 em cada 10 daqueles que o avaliam favoravelmente) pensa que ele reduzirá o custo dos bens de uso diário. Muitos economistas argumentam que os planos tarifários de Trump resultariam em aumento dos custos para as famílias comuns dos EUA.

A maioria dos americanos também pensa que é pelo menos um pouco provável que Trump siga os seus planos de imigração para prender e deportar milhões de imigrantes ilegais (74%) e fechar a fronteira dos EUA com o México (58%).

Os americanos estão mais divididos sobre se ele será capaz de reduzir o tamanho e o custo de administrar o governo federal (54% acham que é provável em comparação com 46% que acham que não é muito provável ou nada provável), acabar com a guerra entre a Rússia e a Ucrânia (49% provável contra 51% improvável), ou evitar conflitos de interesse entre a empresa da sua família e o seu trabalho como presidente (47% provável contra 53% improvável).

Cerca de 4 em cada 10 pensam que é provável que ele execute planos para fechar o Departamento de Educação, e uma parcela semelhante diz que é provável que ele acabe com a cidadania por direito de nascença. Apenas cerca de um quarto acha que ele provavelmente reduzirá as divisões políticas no país.

As promessas de campanha de Trump também incluíram uma série de usos extraordinárias do poder presidencial. Aproximadamente 8 em cada 10 americanos acreditam que Trump tentará perdoar a maioria das pessoas condenadas por envolvimento no ataque de 6 de janeiro ao Capitólio dos EUA, além de demitir funcionários federais que se opõem à implementação de suas políticas.

Dois terços ou mais esperam que ele tente conceder perdão a si mesmo por quaisquer possíveis crimes federais e instruir o Departamento de Justiça a investigar seus rivais políticos.

Seus apoiadores estão mais divididos, no entanto. Menos de 50% dos americanos que votaram em Trump nas eleições de 2024 acreditam que ele tentará instruir o Departamento de Justiça a investigar os seus rivais políticos ou a conceder perdão presidencial a si mesmo por quaisquer possíveis crimes federais.

Uma parcela maior dos seus eleitores pensa que ele tentará demitir funcionários federais que se opõem às suas políticas (71%) ou perdoar os condenados pelo ataque de 6 de janeiro (77%). Para efeito de comparação, mais de 9 em cada 10 eleitores que apoiaram Kamala Harris acreditam que Trump tentará realizar cada uma dessas ações.

Uma pequena maioria dos americanos, cerca de 6 em cada 10, leva a sério os comentários de Trump sobre a expansão do território dos EUA para lugares como a Groenlândia ou o Canal do Panamá. Estes número diverge entre os eleitores de 2024, com 68% dos apoiadores de Kamala e 55% dos apoiadores de Trump dizendo que o republicano tentará tal expansão.

Os americanos também estão divididos por idade e sexo, com os jovens e os homens menos propensos a acreditar que Trump tentará expandir o território dos EUA: 53% dos adultos com idades entre 18 e 44 anos acreditam que Trump tentará fazer isso (em comparação com 64% daqueles com 45 anos ou mais) e 56% dos homens acreditam que ele tentará (em comparação com 62% das mulheres).

A pesquisa também conclui que o vice-presidente eleito, JD Vance, continua a ter um índice de aprovação inferior ao de seu companheiro de chapa, com 30% dos americanos vendo-o de forma favorável e 38% desfavoravelmente, e outros 32% não têm certeza de como se sentem em relação ao novo vice-presidente.

Aproximadamente um terço dos americanos vê a nova primeira-dama Melania Trump de forma favorável (33%), em comparação com 30% desfavoravelmente. As opiniões sobre Melania Trump também foram divididas igualmente antes do primeiro mandato de seu marido como presidente. Em janeiro de 2017, 36% a viam de forma favorável e 35% desfavoravelmente.

Este conteúdo foi originalmente publicado em Pesquisa CNN: Trump chega à Casa Branca com aprovação maior do que em 2017 no site CNN Brasil.

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