Delator do PCC: quem já foi preso e como estão as investigações

Corregedoria prende PM acusado de matar delator do PCC no aeroporto de Guarulhos28

A Corregedoria da Polícia Militar de São Paulo prendeu nesta quinta-feira (16) 15 PMs suspeitos da morte do empresário Vinícius Gritzbach, delator do PCC executado com tiros de fuzil no ano passado, no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos.

Um dos policiais presos é o cabo da PM Denis Antonio Martins, identificado pela Corregedoria como o autor dos disparos que matou Gritzbach. De acordo com o secretário da Segurança Pública de SP, Guilherme Derrite, o cabo fazia parte da escolta privada do empresário assassinado.

A operação da polícia, denominada Prodotes, contou com uma força-tarefa organizada pela Secretaria da Segurança Pública, que busca desvendar o caso e identificar eventuais mandantes do crime.

O que se sabe

A SSP-SP informou que os PMs presos na operação Prodotes começaram a ser investigados em março do ano passado, após uma denúncia de que estariam passando informações sigilosas para o PCC.

A investigação evoluiu para um inquérito policial militar, no qual foi apurado que militares da ativa, da reserva e até ex-militares favoreciam membros da organização criminosa.

Entenda o caso

Em março de 2024, a Corregedoria da Polícia Militar começou a investigar uma denúncia contra PMs que teriam ligação com criminosos do PCC. Em outubro, fotos dos policiais investigados fazendo escolta para Vinícius Gritzbach, delator do PCC, chegam à Corregedoria.

Em 8 de novembro, Gritzbach é assassinado no aeroporto de Guarulhos com tiros de fuzil, os PMs que faziam a sua escolta são presos e têm os celulares apreendidos. A Corregedoria descobre que os policiais formavam uma rede de proteção para o PCC, passando informações para que os criminosos conseguissem fugir das ações da polícia.

A quebra do sigilo telefônico dos policiais revelou que o cabo da PM preso hoje pela Corregedoria estava na cena do crime contra Gritzbach. E um cuidadoso trabalho de reconhecimento e entrevista com testemunhas levou à prisão do mandante do crime.

O empresário

Executado no dia 8 de novembro de 2024, Vinícius Gritzbach havia fechado um acordo de delação premiada com a Justiça para revelar segredos da maior organização criminosa do país, o PCC. O empresário tinha um histórico com o crime, já havia mandado matar dois integrantes da facção e estava jurado de morte. 

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