Ex-presidentes dos EUA e líderes mundiais aclamam legado de Jimmy Carter

Um homem coloca flores em memória do falecido Jimmy Carter na entrada do Carter Presidential Center, em 29 de dezembro de 2024, em Atlanta, sudeste dos Estados UnidosAlex Wroblewski

Alex Wroblewski

Ex-presidentes dos Estados Unidos e líderes mundiais reagiram à morte, aos 100 anos, de Jimmy Carter, que governou os Estados Unidos de 1977 a 1981 e cujo legado na defesa da paz, da democracia e dos direitos humanos são amplamente reconhecidos.

– EUA –

Joe Biden

“Os Estados Unidos e o mundo perderam um líder, estadista e humanitário extraordinário”, disse o presidente em fim de mandato Joe Biden, juntamente com a sua esposa Jill, em um comunicado, no qual também anunciou funerais de Estado para o ex-presidente Carter.

“Ele trabalhou para erradicar doenças, não só no seu país, mas em todo o mundo. Ele forjou a paz, promoveu os direitos civis, os direitos humanos, promoveu eleições livres e justas em todo o mundo”, destacou.

“Ele salvou, elevou e mudou a vida de pessoas em todo o mundo”, acrescentou o presidente.

Donald Trump

O presidente eleito disse que os americanos têm uma “dívida de gratidão” com Carter.

“Os desafios que Jimmy enfrentou como presidente surgiram em um momento crucial para o nosso país e ele fez tudo o que estava ao seu alcance para melhorar a vida de todos os americanos”, disse Trump nas redes sociais.

Bill Clinton

O ex-presidente disse que o seu co-partidário democrata “viveu para servir aos outros, até ao fim”. Em uma declaração conjunta com a sua esposa Hillary, ele sublinhou que Carter “trabalhou incansavelmente por um mundo melhor e mais justo”.

George Bush

O ex-presidente republicano garantiu que Carter “dignificou o cargo. E os seus esforços para deixar um mundo melhor não terminaram com a presidência”.

Barack Obama

O ex-presidente democrata Barack Obama afirmou que Carter “ensinou a todos o que significa viver uma vida de graça, dignidade, justiça e serviço”.

– Líderes mundiais, governos e autoridades –

Brasil

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva elogiou Carter como “um amante da democracia e defensor da paz” e enfatizou sua pressão sobre a ditadura brasileira para libertar presos políticos.

Lula lembrou que Carter “trabalhou junto com o Brasil na mediação de conflitos na Venezuela e na ajuda ao Haiti” e que deixa como legado sua defesa de que “a paz é a mais importante condição para o desenvolvimento”.

Panamá

O presidente do Panamá, José Raúl Mulino, destacou o papel crucial de Carter em “conseguir negociar e chegar a um acordo” sobre a transferência do canal dos Estados Unidos para o Panamá.

“A sua passagem pela Casa Branca marcou tempos complexos, que para o Panamá foram cruciais para negociar e chegar a acordo sobre os Tratados Torrijos-Carter em 1977, com os quais se conseguiu a transferência do Canal para mãos panamenhas e a plena soberania do nosso país. Paz para sua alma”.

Cuba

“Nosso povo lembrará com gratidão seus esforços para melhorar as relações, suas visitas a #Cuba e seu pronunciamento a favor da liberdade dos Cinco (agentes cubanos presos em 1998 e condenados por espionagem nos Estados Unidos)”, disse o presidente Miguel Díaz-Canel na rede social X.

Venezuela

Em um comunicado, o Ministério das Relações Exteriores da Venezuela destacou que “suas contribuições para a política global e sua dedicação à paz deixaram uma marca indelével no mundo”.

O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, acrescentou: “Sempre nos lembraremos da contribuição que ele deu na época para desmantelar as tentativas desestabilizadoras, a intolerância da extrema direita e o golpe de Estado na Venezuela”.

México, Peru, Guatemala, Honduras, Chile e Nicarágua publicaram mensagens oficiais de condolências e destacaram o legado de Carter nos seus esforços para promover a paz, os direitos humanos e a democracia na região.

França

O presidente Emmanuel Macron prestou homenagem ao legado de Carter, observando que ele “defendeu os direitos das pessoas mais vulneráveis e liderou incansavelmente a luta pela paz”.

Egito

O presidente egípcio, Abdel Fatah al-Sissi, saudou Carter como um “símbolo dos esforços humanitários” por seu papel como mediador nos acordos de Camp David de 1978 para um tratado de paz entre seu país e Israel.

Ucrânia

“Apreciamos profundamente o seu firme compromisso com a fé cristã e os valores democráticos, assim como o seu apoio inabalável à Ucrânia face à agressão não provocada da Rússia”, disse o presidente ucraniano, Volodimir Zelensky.

Reino Unido

“Seja apoiando eleições em todo o mundo, divulgando soluções de saúde através do Centro Carter ou construindo casas com a Habitat for Humanity até os noventa anos, Jimmy Carter viveu os seus valores ao serviço dos outros até ao fim”, observou o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer.

OMS

O diretor da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, disse que o trabalho do Centro Carter “salvou inúmeras vidas e ajudou a eliminar muitas doenças tropicais negligenciadas”.

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