Rússia diz que Ucrânia disparou mais mísseis dos EUA e Reino Unido contra o país

A Ucrânia lançou seis mísseis ATACMs de longo alcance, de fabricação dos Estados Unidos, e quatro mísseis Storm Shadow, de fabricação do Reino Unido, na região sul de Rostov, na Rússia, na quarta-feira (18), disse o Ministério da Defesa russo nesta quinta-feira (19).

As forças russas derrubaram todos os ATACMS e três dos quatro Storm Shadows, segundo a pasta, que alertou que Moscou responderá aos ataques.

A Ucrânia começou a disparar mísseis ocidentais contra a Rússia no mês passado, após obter permissão dos Estados Unidos e do Reino Unido, algo que Moscou diz que torna esses países partes diretas do conflito.

A Rússia, em resposta, lançou um novo míssil hipersônico chamado Oreshnik na cidade ucraniana de Dnipro em 21 de novembro.

O presidente Vladimir Putin afirmou que o país está pronto para disparar mais Oreshniks, inclusive em “centros de tomada de decisão” em Kiev, se a Ucrânia continuar usando as armas dos EUA e do Reino Unido.

Putin classificou seu novo míssil como uma arma invencível. Nesta quinta-feira, ele lançou a ideia de um “duelo de alta tecnologia” no qual a Rússia atiraria Oreshniks em Kiev e a Ucrânia tentaria derrubá-los com defesas antimísseis fornecidas pelo Ocidente.

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, em resposta, comentou em uma entrevista coletiva: “Você acha que ele é uma pessoa sã?”.

Entenda a guerra entre Rússia e Ucrânia

A Rússia invadiu a Ucrânia em fevereiro de 2022 e entrou no território por três frentes: pela fronteira russa, pela Crimeia e por Belarus, país forte aliado do Kremlin.

Forças leais ao presidente Vladimir Putin conseguiram avanços significativos nos primeiros dias, mas os ucranianos conseguiram manter o controle de Kiev, ainda que a cidade também tenha sido atacada. A invasão foi criticada internacionalmente e o Kremlin foi alvo de sanções econômicas do Ocidente.

Em outubro de 2024, após milhares de mortos, a guerra na Ucrânia entrou no que analistas descrevem como o momento mais perigoso até agora.

As tensões se elevaram quando o presidente russo, Vladimir Putin, ordenou o uso de um míssil hipersônico de alcance intermediário durante um ataque em solo ucraniano. O projétil carregou ogivas convencionais, mas é capaz de levar material nuclear.

O lançamento aconteceu após a Ucrânia fazer uma ofensiva dentro do território russo usando armamentos fabricados por potências ocidentais, como os Estados Unidos, o Reino Unido e a França.

A inteligência ocidental denuncia que a Rússia está usando tropas da Coreia do Norte no conflito na Ucrânia. Moscou e Pyongyang não negam, nem confirmam o relato.

O presidente Vladimir Putin, que substituiu seu ministro da Defesa em maio, disse que as forças russas estão avançando muito mais efetivamente – e que a Rússia alcançará todos os seus objetivos na Ucrânia, embora ele não tenha dado detalhes.

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse acreditar que os principais objetivos de Putin são ocupar toda a região de Donbass, abrangendo as regiões de Donetsk e Luhansk, e expulsar as tropas ucranianas da região de Kursk, na Rússia, das quais controlam partes desde agosto.

Este conteúdo foi originalmente publicado em Rússia diz que Ucrânia disparou mais mísseis dos EUA e Reino Unido contra o país no site CNN Brasil.

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