Os democratas do Senado votaram na terça-feira (28) para obstruir um projeto de lei liderado pelo Partido Republicano para sancionar autoridades do Tribunal Penal Internacional.
A medida foi elaborada para punir o TPI por emitir mandados de prisão para altos funcionários israelenses.
O tribunal emitiu esses mandados no ano passado para o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu, seu ex-ministro da defesa Yoav Gallant e um alto funcionário do Hamas, acusando-os de crimes de guerra durante e após os ataques liderados pelo Hamas em Israel em 7 de outubro de 2023.
O gabinete do primeiro-ministro rejeitou os mandados como “absurdos e antissemitas”.
O líder da maioria no Senado, John Thune, criticou a ação do tribunal antes da votação, dizendo que fazer uma “equivalência moral” entre os líderes israelenses e o Hamas é “além do aceitável”.
Os democratas, reconhecendo que os republicanos pintariam seus votos contra o projeto de lei como anti-Israel, lutaram por dias sobre como lidar com isso.
No final, o único democrata a votar a favor da medida foi o senador John Fetterman da Pensilvânia, o que significa que ficou muito aquém dos 60 votos necessários para avançar. A contagem final foi de 54-45.
“Não sei por que alguém não iria querer votar nisso e apoiar Israel”, afirmou Fetterman, que é firmemente pró-Israel.
Dois senadores democratas novatos, Elissa Slotkin de Michigan e Ruben Gallego do Arizona, que votaram pela mesma medida no ano passado quando estavam na Câmara, também votaram não.
O senador Jon Ossoff, um democrata candidato à reeleição na Geórgia, não votou.
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